🖥🖲🚔 Inteligência Artificial (IA) e a PM: uma nova era na Segurança Pública
A era digital que vivemos e faz parte da 4ª Revolução Industrial já é realidade dentro e fora dos lares da sociedade brasileira, ainda mais da sociedade paulista. O leitor que nasceu no início dos anos 80 deve lembrar das famosas lojas Mesbla, Mappin, Arapuã, que possuíam centenas de sedes espalhadas por todo Brasil, extintas no início dos anos 2000, e que de paulatinamente foram substituídas por redes de varejos online como vemos hoje. Veja que curioso, hoje não há mais a necessidade de você ter um local ou um depósito, diversos funcionários, um local físico, pagar aluguel, ter frota de veículos etc para “tocar” um negócio, basta um computador, uma ligação com a rede mundial de computadores e sua própria residência pode virar uma loja virtual, e as entregas podem ser feitas pelos correios. Novas tecnologias cada vez mais modernas mudam a forma de como a sociedade se comunica, faz compras, estuda e convive.
E na segurança pública não é diferente, antigamente o Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) recebia as ligações através de uma central, a ocorrência era anotada em um impresso, e o policial corria para outro setor e entregava o papel para que outro PM fizesse o contato via rádio com a viatura. As coisas mudaram. Hoje as modernas instalações do COPOM na capital paulista conseguem fazer a integração quase automática do chamado “190” para o despacho mais ágil às viaturas policiais, inclusive integrando outros órgãos nesse complexo contexto de fazer segurança pública. Diversos órgãos públicos do Estado e Prefeitura, como GCM, Sabesp, Enel, Metrô, CPTM entre outros, auxiliados por milhares de câmeras espalhadas pela capital e região metropolitana de uma das maiores conurbações do planeta, dão maior agilidade de atendimento em ocorrências policiais, de bombeiros, ou defesa civil.
Câmeras, radares, tanto da iniciativa pública como privada estão em simbiose perfeita para localizar foragidos, veículos envolvidos em crimes, localizar desaparecidos dentre tantas outras possibilidades de prestar um melhor serviço à sociedade paulista, através de sistemas como Muralha Paulista, SmartSampa, onde o poder público estadual se soma aos municípios na melhoria e otimização de um serviço de segurança pública de qualidade e eficiência.
Onde imaginaríamos há uma década atrás que sistemas automatizados de reconhecimento facial, de reconhecimento de digital (como no Poupatempo), alguns deles completamente comandados por inteligência artificial, poderiam auxiliar o sistema de segurança pública, ajudando nossa Polícia Militar a realizar prisões e recapturar foragidos. Isso é otimização e gestão eficiente.
Assim como os sistemas se atualizaram ao longo de décadas, nós também precisamos nos atualizar e entender que o profissional do futuro deve estar cada vez mais ambientado com novas tecnologias, tablets, drones, câmeras de reconhecimento facial, entre outros que já fazem parte do dia-a-dia do patrulheiro que labuta diariamente por uma sociedade mais justa e segura. Realizar treinamentos e cursos para se familiarizar com a tecnologia deve ser um norte para todo profissional de segurança, e também para à sociedade como um todo para entender o complexo cotidiano dessa era digital da nova revolução industrial, não há mais volta, o futuro está logo a frente! Segurança Pública é dever do Estado mas é responsabilidade de todos! Rumo aos 200 anos, e foco na missão!
📓 *Autor:*
- 1º Ten PM Lucas Martins de Araújo (Pós-graduando em Direito Público pela PUC/RS; Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela APMBB)
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