A FALTA DE ATENÇÃO COMO MOLA PROPULSORA DA OCORRÊNCIA DE CRIMES: a responsabilidade do cidadão para a segurança pública!

A carência de atenção como propulsora do cometimento de delitos é um fenômeno amplamente reconhecido. A falta de vigilância por parte dos cidadãos muitas vezes desencadeia crimes, independentemente de sua gravidade potencial. Em várias situações, o criminoso direciona seu foco não ao objeto do crime, mas à pessoa cuja distração facilita o "iter criminis" perpetrado pelo agente delituoso. Esta problemática se manifesta inclusive entre os policiais militares, que, apesar de também serem cidadãos, por vezes sucumbem a distrações externas que não se alinham com suas responsabilidades no contexto policial militar. Uma das características fundamentais do serviço policial militar reside na atenção integral aos arredores, visando o cumprimento fiel do mandado constitucional de preservação da ordem pública. A preservação da ordem pública exige a presença ostensiva de policiais militares, fardados e armados, demonstrando primordialmente sua atenção ao entorno. A sociedade paulista demanda essa postura por parte de seus agentes de segurança pública. O representante máximo investido da competência constitucional de preservação da ordem pública, o policial militar, deve minimizar o uso de dispositivos celulares durante o serviço, especialmente no que concerne a aplicativos de mensagens ou vídeos.
É inconcebível que o responsável pela execução de uma determinação constitucional coloque em risco sua própria segurança e a de sua equipe devido a distrações provenientes do uso de aplicativos durante o serviço. Embora seja compreensível que nenhum ser humano consiga manter uma atenção constante ao serviço ao longo de todo o turno, é inegável a importância de um revezamento no uso do celular e seus aplicativos correspondentes. Adicionalmente, a atenção demonstrada pelos agentes de segurança, mesmo que não seja plena, deve transmitir a impressão de totalidade, um elemento essencial para a percepção de segurança pela sociedade. Em uma paráfrase da famosa citação atribuída a Júlio César quando se separou de sua esposa Pompeia, podemos afirmar que os policiais militares, mesmo quando desatentos, não devem cair sob suspeita: "Ao policial militar não basta estar atento; deve parecer estar atento." AUTOR: MAJ PM Ubiratan MEIRA Maia (Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo CAES e Subcomandante do 17º BPM/M)

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