AS DROGAS E SEU EFEITO DESTRUTIVO: o aumento da criminalidade e o envolvimento da juventude!

Apenas nos 9 primeiros dias de 2024, o 14° BPM/M conduziu 3 ocorrências de tráfico de drogas aos Distritos Policiais de Osasco. Entre os flagrantes, alguns pontos de similaridades chamam a atenção: foram encontrados diversos tipos de entropecentes na abordagem (cocaína, crack e maconha em todas), grande quantidade de notas em dinheiro trocado (proveniente do comércio ilegal) e o envolvimento de menores de idade, todos com passagens anteriores de atos infracionais pela Fundação CASA (a maioria, por delitos contra o patrimônio ou envolvendo as próprias drogas).

A proliferação do tráfico de drogas reflete em todas as práticas, diretas e indiretas, relacionadas com a criminalidade violenta. A começar pelo TRANSPORTE. Do ponto de cultivo dos elementos naturais para o local de refino, embora tal deslocamento normalmente seja feito por "mulas" (pessoas sem antecedentes criminais) desarmadas, pode ser escoltado por criminosos profissionais, com armamento de alto poder destrutivo. Gerenciando o financiamento, pessoas físicas e jurídicas bem distantes das "mãos sujas" do crime, encontram-se no topo de uma cadeia ramificada e complexa de relações sociais, dificilmente rastreável pelo labor investigativo das forças de segurança.

A VENDA dos entorpecentes, por sua vez, estimula um mercado ilícito e paralelo que movimenta bilhões de dólares por ano. O dinheiro ilegal é utilizado para a retroalimentação do sistema, para a aquisição de mais armas e para a lavagem do próprio recurso adquirido às margens da legalidade.

Por fim, os AGENTES envolvidos na chamada "ponta da linha". Em sua maioria, menores de idade, se beneficiam das medidas socioeducativas destinadas às crianças e adolescentes, fruto de uma articulada e perversa manipulação, que envenena e destrói o "futuro do Brasil".

Quocientes tristes e lamentáveis de uma sociedade fadada à desordem social, impactando ainda mais no trabalho policial; já indiscutivelmente perigoso, especialmente àrduo e extremamente exigente. Que possamos refletir e, coletivamente, sermos AGENTES DA MUDANÇA. Se esta plêiade de substâncias nocivas à juventude, às famílias e à sociedade tivessem qlgum tipo de benesse ou valor, não teria esse nome. Afinal... DROGA É UMA DROGA!

AUTORES:

Maj PM Eduardo MOSNA XAVIER (Doutor em Educação pela USP e Doutorando em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo CAES).

1º Ten PM LUCAS MARTINS de Araújo (Pós-graduado em Direito Penal e Direito Militar pela UNICSUL, e Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela APMBB).

2° Ten PM DANIEL de Abreu Alves (Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela APMBB.