🚔 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO + TRÁFICO DE DROGAS = 80% DAS PRISÕES EM FLAGRANTE: evidenciando estatisticamente as principais modalidades criminosas nas grandes cidades brasileiras!
O TRÁFICO DE DROGAS, efetivamente, financia o crime organizado, com repercussões nacionais e transacionais. Enquanto que as grandes apreensões quantitativas feitas pela POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO ocorrem em ESTRADAS, fruto de um simbiótico e profícuo trabalho de informações entre o Centro de Inteligência e o Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv), o POLICIAMENTO DE ÁREA apreende uma concentração menor, mas com uma maior diversidade de entorpecentes. Os 7 presos por Tráfico de Drogas pelo 14° BPM/M, na primeira quinzena de Julho, referem-se aos chamados "traficantes de ponta de linha". Em virtude de notícia oriunda do COPOM ou durante o próprio patrulhamento, as Equipes se deparam com os "vendedores", portando mochilas ou pochetes com, pelo menos, 4 VARIEDADES DE DROGAS (normalmente, maconha, cocaína, crack e outra - combinação entre elas ou sintética). Aparentemente inexpressivas frente à grande tonelagem de drogas em circulação, a "derrubada da biqueira" gera prejuízo ao modelo de negócio ilegal, já que além da perda financeira diária e da mão de obra, o traficante intermediário terá que "adormecer" momentaneamente o ponto ou procurar outro local para a venda - sem entrar em rota de colisão com outros criminosos.
Já os CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO são menos velados e mais ostensivos do que o Tráfico de Drogas, sobretudo, pela possibilidade de (na cabeça do criminoso), ser rapidamente "caído no esquecimento" da Polícia caso consiga EVITAR A PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO, marcada por apenas 3 situações onde o marginal se depara com as Forças Policiais: COMETENDO O CRIME, ACABANDO DE COMETÊ-LO ou ENCONTRADO LOGO APÓS COM OS PRODUTOS OU OBJETOS DO CRIME. Protagonizados pelo ROUBO E FURTO DE VEÍCULOS E CELULARES, os delinquentes normalmente se organizam em REDE, com funções específicas para cada grupo, marcada por estes 4 VERBOS relacionados ao produto delitivo: SUBTRAIR, ESCONDER, DESMONTAR e VENDER. A atuação mais incisiva da PMESP ocorre no começo (subtrair) ou no final (vender) desta cadeia, já que 8 foram presos por ROUBO (com violência) ou FURTO (sem violência), momentos após o cometimento do ato; e 4 foram detidos por RECEPTAÇÃO (tendo assumido o risco de comprar ou receber o produto criminoso e circular em via pública com tal objeto delitivo).
Inferimos que as descrições brevemente apresentadas neste ensaio sintetizem um "microcosmo" do trabalho repressivo imediato da Polícia Militar em cidades populosas e com densidade demográfica elevada. Neste condão, cabe concitar e estimular o NECESSÁRIO TRABALHO INTEGRADO DAS DEMAIS FORÇAS DE SEGURANÇA CONCENTRADAS NOS MUNICÍPIOS, destacando as GUARDAS MUNICIPAIS e, principalmente, nossa POLÍCIA CIVIL - já que o trabalho investigativo é crucial tanto para que os "traficantes de ponta de linha" revelem toda a cadeia e os grande financiadores; como para que os roubadores/furtadores/receptadores possam apresentar os "intermediários invisíveis" (que escondem e desmontam os bens subtraídos). O EXEMPLO DE OSASCO, com uma SINERGIA ÚNICA entre PM, GCM e PC, é a principal justificativa para a importante redução de quase 50% nos indicadores criminais na cidade. Afinal, cedo ou tarde, o destino do traficante e do ladrão na "cidade trabalho" é um só: CADEIA! FOCO NA MISSÃO!
AUTORES
Ten Cel PM Joaquim KEIDA Mendonça Ishy (Cmt do 14° BPM/M e Mestre em Ciências Policiais pelo CAES)
Maj PM Eduardo MOSNA XAVIER (Subcmt do 14° BPM/M e Doutor em Ciências Policiais pelo CAES)
Maj PM Marcus ZAMORA (Coord Op do 14° BPM/M e Mestre em Ciências Policiais pelo CAES)
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