🚔POLICIAMENTO ORIENTADO AO PROBLEMA X POLICIAMENTO ORIENTADO AO PROCESSO: Considerações e Reflexões!
Tal questionamento é válido, em virtude da multiplicidade de analíticos gerenciais que podem ser utilizados como base no planejamento de utilização do policiamento ostensivo (preventivo + repressivo imediato). No POLICIAMENTO ORIENTADO AO PROCESSO, o emprego das ações, missões e operações sempre será orientado com, apenas, 1 PRIORIDADE. No caso da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), utilizamos essa metodologia com o objetivo de REDUZIR OS INDICADORES CRIMINAIS! Tal assertiva é reforçada pelo fato das Reuniões de Análise Crítica (RAC), realizadas em 3 níveis distintos a partir de Batalhão (Btl PM), sempre se pautar no comparativo do mês atual com do ano anterior. A BONIFICAÇÃO POR RESULTADO, que remunera as Organizações Policial-Militares (OPM) que reduziram o crime num bimestre em relação ao anterior também comprova, cabalmente, a adoção dessa POLÍTICA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO.
Por outro lado, temos o POLICIAMENTO ORIENTADO AO PROBLEMA. Tal emprego se reveste da análise local, regional e institucional da celeuma/dificuldade que mais impacta a SENSAÇÃO DE SEGURANÇA DA POPULAÇÃO. Para tanto, o atendimento específico de demandas levantadas pela própria comunidade, como aquelas insurgentes de reuniões dos Conselhos de Segurança (CONSEGs) ou da articulação do Programa Vizinhança Solidária (PVS) também manifestam o interesse social em aumentar a ação de presença ou o combate ao crime nesta seara.
Como dizia a máxima: "QUANDO TEMOS VÁRIAS PRIORIDADES, NÃO TEMOS PRIORIDADE ALGUMA"; o emprego dos ativos operacionais perpassa por tal celeuma... Não há uma resposta única ou uma solução padronizada para tal dilema! As CARACTERÍSTICAS GEOCRIMINAIS E SOCIAIS, a partir do nível local, que determinarão qual ser a melhor metodologia adotada, a partir do nível de subárea. Como exemplo, se determinada Companhia PM (Cia PM) tem historicamente seus indicadores criminais controlados a longo prazo, é possível que o POLICIAMENTO ORIENTADO AO PROBLEMA resulte numa maior percepção de proteção da população sem impactar decisivamente no modus operandi criminal. Em outro sentido, numa subárea com altos indicadores delitivos, o POLICIAMENTO ORIENTADO AO PROCESSO se faz necessário para reduzir o crime num curtíssimo prazo, permitindo que o alcance paulatino e seguro dessa situação possa ser comunicado à sociedade para que a população entenda tal escolha.
Obviamente, como Comandantes de Polícia, nunca conseguiremos agradar "gregos e troianos". Não podemos esquecer outra máxima consolidada: "O MAIOR PROBLEMA DO MUNDO SEMPRE SERÁ O NOSSO"! Assim, tal escolha, como dissemos anteriormente, sempre deverá se pautar nas CIÊNCIAS POLICIAIS! Não podemos nos esquecer que, entre nossos objetivos, expressos no Plano de Comando, estão COMBATER O CRIME e GARANTIR A SEGURANÇA PÚBLICA! Assim, tal azimute jamais deverá sair do norte daqueles que, diariamente, devem se preparar, com INTELIGÊNCIA e COMUNICAÇÃO, para atendermos os anseios simultâneos da FORÇA PÚBLICA BANDEIRANTE e do POVO PAULISTA. Se permitirem uma sugestão: PRESTIGIEM AS SOLUÇÕES LOCAIS PARA O POLICIAMENTO! Normalmente, um Comandante de Companhia engajado, participativo e profissional saberá, exatamente, qual tipo de policiamento orientado deverá adotar em determinado tempo e espaço em suas localidades. Assim, retirar ativos operacionais do Capitão numa subárea mitigam a possibilidade de uma profícua e exitosa gestão. PENSEM NISSO... FOCO NA MISSÃO!
📓AUTORES:
Maj PM Eduardo MOSNA XAVIER (Doutor em Ciências Policiais pelo CAES e Doutor em Educação pela USP)
Cap PM Daniel Ribeiro JUVINO (Mestre em Ciências Policiais pelo CAES)
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