📓👊PALAVRAS ESCLARECEM, MAS ATITUDES TRANSFORMAM: O Poder da AÇÃO nas Políticas Públicas de Segurança!

O Estado de São Paulo tem experimentado, nos últimos anos, uma expressiva e impressionante REDUÇÃO DOS INDICADORES CRIMINAIS. Em 2001, quando se iniciou o registro da série histórica da taxa de HOMÍCIDIOS, o maior ente federativo da União apresentava um per capita de 51,9 vítimas para cada 100 mil habitantes e encerrou 2024 com a média de 5,9 vidas ceifadas pelo mesmo padrão analítico - índice considerável "aceitável" para uma país civilizado, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Mas por quê, com tais dados, ainda nos sentimos tão inseguros? Na era das incertezas e da modernidade fluida, o DISCURSO ganha, a cada dia, maior poder de influência nos sentidos de percepção da realidade e, inevitavelmente, nos sentimentos que temos sobre o que lemos e ouvimos. Basta um alarme de notícia no celular para que nos apoderarmos de uma máxima sensação de felicidade ou, no outro extremo, um incrível e inexplicável medo do que, sequer, vivenciamos.

Isso mesmo: DAMOS MAIOR RAZÃO PARA O QUE OUVIMOS OU LEMOS EM DETRIMENTO DO QUE VIVENCIAMOS! Ouvimos falar que a cidade está mais violenta, lemos que determinado crime deixou uma comunidade aterrorizada e, no final, trocamos os DADOS e INFORMAÇÕES que indicam o avanço vitorioso nas Políticas de Segurança Pública pela OPINIÃO de supostos especialistas que, na verdade, não possuem qualquer tipo de formação sólida, em nível superior, no campo das CIÊNCIAS POLICIAIS DE SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA.

Não faltam percepções subjetivas, eivadas de um empirismo alimentado por avaliações que apontam para um AUTISMO SOCIAL daqueles que comentam casos ao acaso. Durante o período de apedrejamento de ônibus públicos, determinado jornalista sugeriu que se colocasse 1 POLICIAL EM CADA ÔNIBUS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Entre viagens municipais, intermunicipais e interestaduais, são mais de 50 mil partidas e chegadas por dia. Seguindo esse conselho alienado, não haveria mais Agentes de Segurança no Estado para todas as outras atividades preventivas, repressivas imediatas e investigativas. Tal comentário irresponsável poderia semear uma EXPECTATIVA dos ouvintes que nunca poderia ser concretizada.

Precisamos SAIR DO MUNDO DA IMAGINAÇÃO PARA O DA AÇÃO! O que transforma um ambiente são as atitudes, não as palavras! Pessoas reclamando de poucos e pontuais assaltos de outras que circulam nas ruas de madrugada, sozinhas, portando celulares e jóias à vista, esquecem das várias OPORTUNIDADES que esta potencial vítima ofertou ao criminoso. Veja, tal comportamento não é indicável em países classificados como de 1° Mundo. Na Suécia, por exemplo, pessoas que circulam entre 00h00 e 04h00 da manhã nas ruas são abordadas e esclarecidas pelos Policiais do perigo em circularem neste momento.

Outros, compartilham vídeos de crimes captados por seu celular e se esquecem do principal: acolher e orientar a vítima para que notifique a Polícia (elaborando Boletim de Ocorrência) e, principalmente, se empodere de CONDUTAS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA, de forma que não se exponham mais a tais situações. Pessoas que insistem em alimentar uma CULTURA DO MEDO são destrutivas. Normalmente investem o bem mais precioso que possuem em suas vidas - O TEMPO - para propalar e divulgar discursos de angústia e desespero que, na verdade, retroalimentam sua própria consciência. 

SEGURANÇA PÚBLICA não deve ser apenas um campo de debate, mas um campo de atitude. Faça sua parte naquilo que lhe compete! Não se exponha aos crimes, tome medidas de Prevenção Primária ao circular nas ruas e em ambientes com grandes aglomerações, faça parte do CONSEG ou do PVS de seu bairro ou rua. Seja uma cidadão PROATIVO, não um frustrado ou amargurado. Por um debate superior às percepções e convicções político-ideológicas e para uma construção ativa de uma sociedade mais segura! FOCO NA MISSÃO!

📓AUTOR:

Eduardo MOSNA XAVIER (Major da PMESP, Doutor em Ciências Policiais pelo CAES e Doutor em Educação pela USP)